Daniela

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O casulo de força


Metamorfose doída
Me encontro perdida
Em algum lugar entre a latência e o desconsolo
Num inferno errante entre o desânimo e o choro

A deixar podar pra voltar quem sabe
Me encontro ainda entre o vento e o dolo
Entre a amargura e o nada voltando à vida
Eu perdida e louca perseguindo o sono

Me encontro nua entre o casulo e a rua
Invejando o tolo, invejando a sorte
Desejando o copo que elimina a dor
Percorrendo o campo que circunda a morte

Ansiando o sol que nos brinda o brilho
Na pungência seca da agonia fria
No calor dos ossos, no calar dos cortes
Me despeço logo do mudar dos fatos.

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