Daniela

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Coleção de noites longas



Meus braços e pernas estão bem mais fortes
Mas o meu amor ainda dorme ao relento
Meus dias e noites estão bem mais calmos
Mas o meu menino ainda sonha com gramas
Minha alma e corpo estão mais precisos
Mas meu pequeno ainda busca o sereno
Meus ombros e orelhas estão trabalhados 
Mas meu petiz ainda colhe o passado...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Australian's epistles


Enjoy her smile because tomorrow you'd never know
Enjoy today because the day is not too long
Enjoy her time because the nod has just begun
Enjoy her joy because the time's about to come 

May cry the fear because the tear is not her life
May cry the time because the fall is now too close
May cry that day because there are the sun and clay
May cry the night because the life is just a gray

Come see the soul because the spring is not too long
Come see the snow because the tears have just gone
Come see the fall because the big bird needs to fly
Come free september because the summer never dies!


sábado, 21 de setembro de 2013

Michel, Miguel e Raquel


E vejo ver de valor a vida
E venho a crer que verei verões
E vejo vir de teimoso o riso
Que alegre encanto ao ver vindo o vento
E teremos risos de doçura e amor
E até que chegue verdadeiro voo
Eu verei contente por querermos tido
O amanhecer da vida que viemos ter!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Sobre o que aconteceu hoje!



Num mundo cheio de ódio
Num tempo cheio de vício
Num peito cheio de medo
Enquanto a sombra doía
Nos dias de dor em constância
Às margens da intolerância
Eu vi na beleza infinita
O singelo sorriso sincero
Na beira da estrada vazia
Na tarde que transcorria
Eu cruzei o caminho de um beijo
Talvez porque nem sabia
Talvez porque eu merecia!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Taças inteiras

 

E enquanto o quando que nunca chega
Me acho entendendo o que sempre sentia
Por que será que sempre achei que te conhecia
Talvez porque a compensar-nos havia
Em entender o todo que passamos distantes
E se no compensar precisarmos perder
Não há nada que possa esperar mais um dia!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Não precisa gritar, não sou cega!


No fundo do poço do eu posso pensante
No rastro do resto, no todo de um tudo
Até quando caminha sua sede que cede
Ao desejo agreste do beijo no brejo

De deleite ao leite abundante chamava
O devasso desejo e o começo do nojo
Pois que sempre voltava voluntário momento
Moribundo infante de voraz ventania

Quando a tarde tardia posto finado meio dia
Deixava e ardia e deitava e chovia
E no assovio sombrio do sopro desgosto
Afundava e arfava safada melodia.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A dama do sol e o céu de leão


E sofri, e chorei, e roguei, e jurei que jamais amaria, e afirmei que não me entregaria. Mas um dia acordei a tempo, e jurei ao vento viver a contento, e viver mais um pouco, e viver aqui dentro!

Então venha viajante do tempo, então venha viajante meu! Venha seja lá quem for, venha seja lá de onde, mas venha inundado de amor! Venha que chegou o momento, de esquecer o tormento, e lambusar de sentimento quem muito cansou de sofrer!

E que então morreremos velhinhos, assim bem juntinhos, Assim totalmente aninhados! E assim, muito mais que abraçados, percorreremos o mundo, o país e a cidade. E então passeando colados, seguiremos ao lado, na mais pura liberdade e completamente absortos em eternidade!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Teorema de Valentina


Nas noites eu me expus de costas desejando respostas num murmurar sem fim
Por vezes me vi em mulheres esperando milhares de migalhas com gim
Em camas conheci a lama do melodrama mudo da solidão de mim
Às almas murmurei sozinha as migalhas minhas ao desejar um sim

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A última asa da borboleta



Se soubesse que era o meu findo minuto
Não perderia meu tempo contando os segundos
Se soubesse o sapato ao percorrer o caminho
Correria profundo em desembalada carreira
E se vivesse em vão meu derradeiro tormento
Sorriria profundo sem saber se valeu!

sábado, 3 de agosto de 2013

Caramelo e morangos


Olha só que delícia, aqui estamos nós num quarto de hotel com cama de mola e lençóis desgrenhados. Até parece que é o tempo em que vivíamos seguros de que nada morria e sem temer o que viria, vivíamos felizes! Sem medo do dia em que viraríamos saudade, cá estamos vivendo um tempo em que tarda. E no vazio das tardes não tínhamos medo, em um tempo em que tudo era festas vibrantes e de brilhos intensos. Estamos num quarto onde éramos instantes que pensávamos eternos e imbatíveis comuns. Hoje aqui estamos na fortaleza dos sonhos, na bacia das almas, na estrutura lembrança, na fantasia da história! Hoje que lembramos ao olharmos distantes, os prazeres longínquos e os sorrisos sinceros! E hoje entendemos que nas camas de mola nós vivemos histórias que tornaram-se sempre! E vivemos a vida a prendermos na história de que somos memória sem perdemos a estrada!

terça-feira, 25 de junho de 2013

O vadio vazio


Um dia a gente se acorda e se beija
Se abraça e deseja que de noite enfim...
A noite então chega trazendo nos ombros
O monstro que vela
O vazio sem fim

Na finitude se encerra
Nas garras da fera
O amanhecer da noite eterna

E no dia que acorda
A dois e à espera
Se passa à metade na vida que vai
E se esvai o eterno amor
E passa a ser um infinito ardor.

sábado, 15 de junho de 2013

Recôncavo perdido


Você me deu o mundo
E me ensinou a viver sem você
Você me fez em sonhos
E eu aprendi a viver sem te ter
Eu te dei o melhor 
Que um dia eu podia querer
Eu que jamais fui criança
Jamais aprendi a crescer

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Hoje


Quero o não-abandono de um abraço
Num traço de esperança
Quero eu com a mão no seu braço
Na luz suave de uma criança!!! 
D.L-War

sábado, 4 de maio de 2013

2219914052



Depois de anos a gente ainda se engole, se bole, e ainda hoje 
"que você me esfole!"
Depois de décadas eu ainda te engulo, me anulo, me embrulho no teu cerne, na sua carne, tal qual um verme!
Depois de tempos você ainda me come, me consome, e por favor
"me detone!"
Afinal, hoje sabemos que então nascemos pra só sermos, pra nos fodermos...  
E contra todos os enganos ainda nos engasgamos entre línguas quando atravessamos as gargantas e entupimos as narinas com o cheiro devasso dos nossos corpos em chamas!

sábado, 27 de abril de 2013

Nós que aqui estamos, a vós agradecemos!


Coisa mais bonita é você
Você manhã de todo o meu
Meu mel, meu doce de coco, meu bombocado
Você é o que há de mais belo dos belos
Do universo do inverso do avesso do avesso do avesso do avesso
Por isso a sua força me leva a cantar
Pra que meu canto cantando o seu canto ele não seja em vão
Vão de vida que vem e que vai passar nessa avenida Ipiranga e São João
E Norma e regra e reza e vida cumprida a só
Você que de tão bela e bonita e imensa grandeza
Engrandece e sobe e anda e para todos 
Agora e para sempre,
Amém!!!

Pra Minha Lô com TODO o amor que houver nessa vida!!!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ser assim


Hoje comi um caqui em sua homenagem
Laranja com mais vontade
E um abacaxi só de saudade.

Hoje desejei poder te ver
Desejei você viver
E decidi me obedecer...

De noite fiquei com a lembrança de um tempo o qual me deitava em seu colo, e tínhamos todo o tempo restante, e eu nada mais era além de uma simples e eterna criança!

terça-feira, 23 de abril de 2013

O triângulo e o rasgado





Por fim, não foi a liberdade transformada em crime, e sim o que se faz com ela. No mesmo lugar comum, a liberdade de um começa onde a dignidade, o respeito e a liberdade de outro ser (humano ou não) começa. Por maldade, e vindo de muitas e doentes pessoas, a opinião nada mais é que uma arma a agredir outrem ou ainda um instrumento de intolerância sempre sempre confiante e competente em ferir. E é isso o digno de punição, não a liberdade em si. A liberdade liberta enquanto o ódio condena, enquanto a intolerância impera. Não importa o quão conflituoso seja o conceito em si, até mesmo a liberdade, transtornada em falhas, cobra seu preço em um universo implacável ainda que tardia.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O candelabro de Veneza


Se eu soubesse que você seria o meu último sonho, 
Eu teria sonhado com você mais vezes...
E te amaria em palma e tanto e em canto
Que moveria o pranto em direção ao ardor!!!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Io ti voglio bene


E de repente a vontade de se ser meio termo...
De ser menos mas não ser de menos
De ser mais e não ser demais
E no vão efêmero da minha mente já curta
Na invalidez da minha exausta alma
Quero sempre estar em ti
O perfeito ser de um eterno instante
Que é sensível sem ser menor
Que é viril sem ser demais
Que é inteiro quando me ferve a chama
E me conduz humana ao caminho da paz!

segunda-feira, 11 de março de 2013

E arriscar de menos, e riscar de nada tudo aquilo que nos consome...


E se essa noite eu quiser?...
E se eu quiser ingerir três estrelas?
E se eu quiser não te perdoar?
E se eu quiser que não doer amar?
Qual a importância de não ser mais ninguém?
E se eu quiser, por hoje e só por hoje, ser eu mesma?
E se eu quiser despir da culpa de te odiar e querer me afastar,
Sem a culpa de experimentar os sentidos e sucumbir à maldade?
E se eu me imbuir da hipocrisia de ter que querer reviver?
E daí se as noites já foram tantas e os dias curtos demais?...
E daí?
A carne tá macia, minha língua espera outra pessoa...
Meu corpo espera outr@ da espécie...
Quem seria você senão aquilo que eu quero e deixo então de querer?
E quem sou eu que amo o amargo?
E de tanta doçura confinei-me no desfiladeiro da necessidade de viver??!!!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Castelo de Areia


A tempestade vai passar e no final o que sobrar é o que vai ficar!!!!!

Detergente Seco


Eu vim com a sorte de sonhar bastante
De ser sozinha 
E bela
 Me debulhar aos cortes

Eu sou com a sorte de morrer aos poucos
De ver passar 
A vida 
Sem ficar mais forte

Eu vim com a sorte 
E chorei meus montes
Sonhei com o doce
E me mantive em passos

Eu passei a ser 
Quem perseguia a vida
Sem sonhar em cores
O que soava a  morte

E aprendi ao longo
Num legado torpe
A chorar a sorte
Que esqueci distante...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Repara bem no que eu não digo"


Eu vou sem vocês
Vou e agora livre
Vou e não voltarei
Vão e não me voltem aqui

Não digo que fico triste
Não digo que foi em vão
Vocês escolheram e foram
E me deixaram sem deixar sequelas

Se a boca hoje amarga um sabor vazio
A alma entrega o lamento à vida
E vive embora um torrão de risos
Eu sou agora livre no que enfim me calo

Vou e as lágrimas presas não saíram
Vou e fecho minha casa aos mortos
Sigo como quem segue em frente
Não creio mais na cegueira do coração

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Last Horizon


 Quando eu paro e te ouço
Quando eu fico madrugada a dentro
Quando eu corro vida a fora
Eu chego a pensar se você realmente existe
Se você faz isso tudo que te absorvo fazendo
Ou se é tudo um imenso delírio meu...
Então eu me ouço e me calo
Me enchergo, me deparo
E chego a entender que eu jamais poderia delirar o que você é capaz de fazer
Jamais poderia divagar seu presente
Nunca poderia sonhar quem
Somente você
Nesse imenso mundo é capaz de ser!!!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

19:33



Morrer é um destino que há em todos
Sorrir é um imperativo que há em mim

Nascer é veredito que deveria ser
Não vir é um delito incapaz de ver

Andar é um direito de cada um
Sofrer um menino que há em todos nós

Voar é uma ideia de sempre estar
Matar é um possível que há em mim!


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013