Daniela

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A vez da garrafa verde


Ah fuga da realidade plena...
Ah ária de soneto trágico...
Oh adágio de solene encanto...
Quem dera lamento fosse um vestido errado...

Que mera face a loucura impera?
Que débil rosto a bebida amarga?
Que alma morta a desmesura clama?
Ah delícia plena de melancolia pífia...

Oh triste véu de tormento vil
Que mais teria a arder, oh destino meu?
Se é que quero em  rubor saber
Quem dera a finitude ardesse em lamentos mortos...

Ah fuga da realidade viva
Oh fogo pálido de infinito torpe
Ah cheiro branco de solene pranto
Quem dera a vida me calasse em canto.

Um comentário:

  1. JESUS, quão trágico é o desabafo fraterno... Mas adorei a frase "quem dera lamento fosse um vestido errado..." PERFEITO!!!!!

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