Daniela

sexta-feira, 30 de março de 2012

Filosofias de Lulu e Dani!


- Ei... O que é filosofia?
- Filosofia é uma experiência extremamente libertadora,
Mas é extremamente dolorosa e um esforço exaustivo,
Isso pode ser uma coisa boa ou uma coisa péssima!
- Mesmo filosofia de botequim?
- As vezes a gente discute filosofia, A filosofia filosófica mesmo sem saber! Muitas vezes a gente cita e combate ideias num exercício filosófico totalmente na clandestinidade do conhecimento!
- Nossa! Tá falando difícil, hein!!! ... Eu nem me atrevo!
- Atreva-se!
A filosofia incita diferentes pontos de vista, engendra discussões e fomenta argumentos!
 - Então vamos lá: É viver na realidade?
- Na realidade que você constrói e não quando fica a mercê do destino!
- Filosofia filosófica é isso tudo?
Eu prefiro a de botequim!!!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Velha e inútil senhora... A nefasta monstra da caixa de Pandora


Ela não trouxe nada
Também nada perguntou
Foi chegando e se instalando
E não dando do que orgulhar
Derruba a luta a seguir
Destroi o depois a dervir
Extirpa o fator surpresa
Antecipação do nada depois
É o tempo perdido
É o que faz entristecer
É o que não deixa correr
Que não deixa lutar
Sequer deixa chorar
Enquanto nada se faz
É a tetraplegia da razão
O sopro do coração errante
O infarto da conquista
O assassino do tempo
Tudo em mim nasceu
Depois que ela morreu
Se hoje sou o que sou
Se amanhã serei melhor
Porque ontem soube como des-esperar!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Rascunho salvo


Disso nada valeu
O que mais valerá?
Qual sol ou qual lua até que se pare de questionar...?
Qual sol ou qual lua...?
Qual sol...?
Qual...?

Sou um rato preso na roda
Sou um fraco sucumbindo ao verão
E isso continua a crescer
E insiste em não acabar

Boa sorte à falta de música
Boa sorte à falta de métrica
Boa sorte à minha sorte tétrica
Boa sorte ao próximo então.

sábado, 24 de março de 2012

Esmalte vermelho, sapato cor-de-rosa


Uma menina disse pra outra:
-Você hoje me fez chorar...
E a outra menina respondeu:
- Então você chorou minhas lágrimas, porque eu resolvi ser feliz!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Vestígios de um dia


Buscando uma boa nova que faça valer o dia
Seguindo levando algo que faça valer a vida
Correndo enterrando o que lhe é de partida
Jurando e querendo o que não lhe fosse ferida

terça-feira, 20 de março de 2012

Para ler o apito e cair de joelhos


Um dia eu simplesmente falei:
Ei, vamos que agora é feliz! Vem que eu não duro pra sempre, vem eu não tenho mais medo, vem ter o vento em aceno!

Eis que agora eu acordei:
Sim que o tempo é veneno... Sim que a morte um a menos, eis que o fim não está sendo, Mas nem por isso sofrendo!

E Io che voglio andare
Sono qui come una pietra fatale
I lavori nel mio destino
E Non ho mai arriverà piano

Aujourd'hui, Je ne peux pas dire Je ne regrette rien ...

quarta-feira, 14 de março de 2012

A lei da Távola redonda!


E quem é você?
Feliz sou eu cuja mesa tem mais amigos que cadeiras!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Cesta com pêssegos doces


Obrigada por te conhecer
Obrigada pelo seu simplesmente ser
Obrigada por ser presente a mim
Por aqui estar e por assim dizer

Obrigada por me deixar estar
Obrigada por me receber
Obrigada por simplesmente ver
Por deixar-me estar, por deixar-me ter

Obrigada por te merecer
Obrigada por deixar-me entrar
Obrigada por poder ficar
Por querer-me crer
Por assim viver!

Eu, a janela aberta e a luz da lua


Eu e os resquícios de um dia trágico
Eu no rastro da inconsequência mágica
Eu no frio do vento que corta o quarto
No feio espaço que desfaz o parto.
No desabar de um choro encontrei um abraço
Na garganta cortada encontrei seu traço
Na linha dura me fiz em trapos
A encarar a sutileza da realidade daqueles fatos
A luz da lua se fez presente
Na memória e persistente
Em um sonho já quase ausente
No resquício de um dia que por si só demente.

sábado, 3 de março de 2012

Palhaço sem asa


Quem somos nós
Eternos estranhos presos a um recomeço eterno?
Ou amantes novos em folha que acabaram de se eternizar?
Começamos todo dia 
E todo dia conhecemos
E a cada conhecer começamos a ser estranhos 
E voltamos e voltamos ao mesmo lugar.
Almas juntas justa postas 
Presos num carrossel de perseguição indefectível
De inflamável confusão
De inevitável combustão.
Na desistência do sonho
Cai-nos o véu da realidade
Na beleza da mocidade e na dureza da incerteza
Infalivelmente jovens, confusos e amantes.
Eternamente a girar em busca do 1o. dia
Em dia com as folhas que cairiam por nos conhecer
Perseguimos o desperdício de esperar
De esquecer de começar
De voltar e de voltar e de voltar 
Ao mesmo imóvel e eterno lugar.