Daniela

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Máscara mortífera


Você é o que come
Você é o que engole
Você é o que te convencem
Você é aquilo que segue

Eu sou o que em mim vomitam
Eu sou o que de mim devoram
Eu sou crucificada há muito
Eu sou a torturada de outrora

Nós somos o que nos consome
Nós somos ainda que console
Nós somos tudo aquilo que nos negam
Nós somos embora alguém nos cegue

Seremos sempre os desvalidos da razão
A ausência de lucidez
Um poço de mesquinhez
A cabeça dividida em busca do que resta de coração

sábado, 16 de abril de 2016

Il bacio di mio Bacco



Você que aguça minhas entranhas
E estranha minha fuça
Me assusta enquanto estranha
E fuça minha nuca
Você que nunca se transborda
Transporta minha façanha
E provoca intensa chama 
E o ardor dos lábios meus

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Rosa dos ventos



Eu calo o teu falo
I'm wrong in marrom
Na fome o seu nome
Na boca o jamon
O coice e a foice
Your voice
Of course
No âmago some
Não ama go home
O vero tempero
Na vela my sail