Você é o que come
Você é o que engole
Você é o que te convencem
Você é aquilo que segue
Eu sou o que em mim vomitam
Eu sou o que de mim devoram
Eu sou crucificada há muito
Eu sou a torturada de outrora
Nós somos o que nos consome
Nós somos ainda que console
Nós somos tudo aquilo que nos negam
Nós somos embora alguém nos cegue
Seremos sempre os desvalidos da razão
A ausência de lucidez
Um poço de mesquinhez
A cabeça dividida em busca do que resta de coração
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