Daniela

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Closeway so far... 2011, eu, ele e nós 2


Adeus mundo
Nada mais tenho a dizer, já que cheguei tão perto...
Você chegou inusitadamente onde eu nasci
Chegou sem me avisar, então não sabia onde estar
Precisaria de mais que palavras para dizer do rombo que experimento de você
Te vendo mais perto que longe e mais distante que o impossível
E pensar que você é o mais perto que poderia chegar
Onde permaneci por tantos anos esperando o você que nunca veio
Como assim você viola o casulo que por tantos abrigou a minha espera?
Como assim você penetra os domínios da minha agora ausência?
Como assim você brinca de fazer a minha fantasia virar pó?
Por que só agora?
E agora te vendo, indignada e assustada
Admirando e sofrendo
Num misto de nada percebo
Num misto que nunca terei
Me questiono o porquê dessa covarde insensatez
E Rio por estar covardemente chorando
E choro por estar apaixonadamente sozinha
Então, até que suporte a minha dor e me recupere de você
Por muito tempo nada mais terei condição de dizer.

sábado, 10 de setembro de 2011

O melhor da vida


Passei ainda um bom tempo me encontrando com ela quando ela assim queria. Depois de um tempo acho que ela foi pra um lugar mais distante, ou sabia que eu já não precisava tanto. E um dia ela simplesmente não veio mais. 
Ela vinha me ver quando eu dormia. E a gente voava. E nas primeiras vezes eu chorava muito e ela me consolava, sempre me dizendo que tava bem, feliz e sem dor. Na última vez a gente saiu pra voar e ela me levou a um campo maravilhoso com montanhas magníficas. Nós vimos homens vestidos de operários de construção civil, com macacões azuis, e eles não tocavam o chão. Eu percebi que eram anjos ou algo parecido. Numa determinada hora ela disse que era hora d'eu voltar porque "lá" já era noite. Eu disse que não chegaria só e andando pois estávamos muito longe. Ela me pegou pela mão e me levou voando de volta até uma casa onde estava noite, e nunca mais veio me ver. Suas visitas me davam uma sensação de paz tão imensa e intensa que eu passava o dia em êxtase, como que abobalhada. Os dias chegavam a ser improdutivos, pois eu ficava fora de órbita. E sempre sempre sempre quando acordava estava gelada, tremendo e taquicárdica. Muitas vezes ainda sonho, mas nunca mais estive com ela.
Dentre tantas coisas que ela me deu em vida, sua morte me ensinou que cada perda é especial porque o vazio maciço que fica na alma acaba se convertendo em medalhas de honra ao mérito de não ter enlouquecido, e poder continuar com alegria. 
E esse é o legado que Dodó deixou pra mim!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aconteceu na minha última RAVE!



Importante escoliose sinusal dorsolombar.
Presença de estruturas metálicas nos elementos ósseos posteriores lombares.
Discreta retificação da lordose lombar fisiológica.
Desnivelamento da bacia com elevação da crista ilíaca direita medindo aproximadamente 0,8cm.
Pequenas labiações osteofitárias marginais nos corpos vertebrais L3 e L4.
Evidência de hipointensidade de sinal nos núcleos pulposos discais lombares nas sequencias ponderadas em T2, associada a afilamento dos níveis L1-L2, L2-L3, L3-L4, decorrente de fenômenos degenerativos.
Espondilose lombar incipiente.
Discopatias degenerativas lombares, com sinais degenerativos das articulações interpofisárias lombares inferiores no nível L4-L5, L5-S1.
Pequena protusão discal posterior e excêntrica à esquerda no nível L5-S1, a qual pressiona levemente a face ventral do saco dural e exibe área de sinal anômalo, associada a ruptura concêntrica de fibras no ânulo fibroso no local.
Achado incidental de hemangioma ósseo no corpo vertebral de L3.
Escanometria de MMII evidencia encurtamento à esquerda de aproximadamente 0,6cm.

sábado, 3 de setembro de 2011

Danço bem a dois por mim


Ouvi dizer do seu riso
Como só seu sorriso sabe desenhar
Ouvi dizer do seu desejo
Que só sua saudade pode expressar
Ouvi dizer do seu afago
Que só aquela nuca pôde deleitar