Daniela

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Na sola do sapato às margens da lagoa


Em um momento meu em que eu devo optar entre a concha fechada e o aberto mar, me fecho solene num vazio profundo e na solidão me isolo dos sofreres do mundo.
Cada um tem o todo que lhe é ofertado, pois cada ser apreende do tudo o tudo que lhe foi apresentado.
Pois se resignada entendo o chamuscar das sombras, me vejo retrair confusa na certeza do nada. 
Mas feliz me cerco de vazios seguros e espero mansa o findar dos dias no romper do pranto e no morrer sorrindo.

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