Quem somos nós
Eternos estranhos presos a um recomeço eterno?
Ou amantes novos em folha que acabaram de se eternizar?
Começamos todo dia
E todo dia conhecemos
E a cada conhecer começamos a ser estranhos
E voltamos e voltamos ao mesmo lugar.
Almas juntas justa postas
Presos num carrossel de perseguição indefectível
De inflamável confusão
De inevitável combustão.
Na desistência do sonho
Cai-nos o véu da realidade
Na beleza da mocidade e na dureza da incerteza
Infalivelmente jovens, confusos e amantes.
Eternamente a girar em busca do 1o. dia
Em dia com as folhas que cairiam por nos conhecer
Perseguimos o desperdício de esperar
De esquecer de começar
De voltar e de voltar e de voltar
Ao mesmo imóvel e eterno lugar.
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