Diante de uma contingência perturbadora
A vida vai passando
Impreterivelmente à revelia
Num compasso único
Numa velocidade própria
Numa rapidez estúpida
Sem termos passado por tudo
Sem outrora o pesar das horas
Em um futuro efêmero
Que se faz então passado
Sem enfim termos ficado
Porque aqui estamos parados
Sem que tenhamos jamais sido
Sem sequer termos gozado
Nenhum comentário:
Postar um comentário