Daniela

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Nada a temer quando acaba!


Um dia desses eu tive um sonho...
Estava num avião que caía desenfreadamente. Estava deitada no corredor do avião segurando a mão de uma criança com medo. Lembro claramente de pensar:  - Acaba logo, acaba logo porque eu não quero sentir... Por favor, que seja instantâneo... Que medo. Lembro que as luzes da cabine acendiam e apagavam e que com a mão direita eu tocava meu pai, que estava calmo. De repente, não mais que de repente aterrissamos pacificamente e era dia. Lembro de olhar pro meu pai e dizer algo tipo: - não foi nada! Desembarcamos num aeroporto que parecia mais com o de Brasília reparamos que as pessoas andavam em grupos, uniformizadas. Não custou muito pra percebermos que de fato estávamos mortos e que não havia sobrado ninguém. Eu sabia que os uniformes das pessoas era de acordo com o grau de evolução espiritual e desprendimento da matéria. Ficamos meio sem saber o que fazer e - não pergunte por que - fomos alugar um carro - não me pergunte para irmos para onde. Havia um balcão de informação e me lembro do meu pai pegar um cartão de crédito pra alugar o carro e dizer que não valia nesse mundo. Eu disse a ele que achava que valia porque a gente tinha acabado de chegar e precisava dele e conforme fossemos evoluindo ele perderia a serventia. Lembro de pensar: - e a família, como será que reagiu? Lembro de chegarmos próximos ao balcão de informação e sentia que tudo estava em paz. Não sentia nada de ruim. Estava acompanhada, calma, o dia estava lindo e tudo estava bem. Não houve trauma na passagem e cheguei a conclusão de que não há nada a temer quando acaba!

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