Hoje eles pavimentaram o paraíso e construíram um estacionamento.
E nunca se viu tanta tristeza, tanto despropósito, tanto desmantelo.
E cortaram a árvore, e agora?
E arrancaram uma árvore, e pra quê?
Para colocar no "Museu das Árvores" e cobrar ingressos para vê-la?
Ou ela cobrará um preço por esquecê-la?
E arrancaram uma árvore, e pra quê?
Para colocar no "Museu das Árvores" e cobrar ingressos para vê-la?
Ou ela cobrará um preço por esquecê-la?
Eles pavimentaram o paraíso e colocaram um estacionamento.
E eu nunca pensei com tanto choro, em tanta dor, pranto desconsolo.
E eu nunca pensei com tanto choro, em tanta dor, pranto desconsolo.
E nunca se pensou perdê-la até o dia em que,
De repente, ela não estava mais ali.
De repente, ela não estava mais ali.
E nunca se viu tanto absurdo, disparate... Ultrajante.
Agora onde ela está?
Onde descansa?
Onde mora?
E pavimentaram o paraíso, e fizeram um estacionamento.
Então nunca se viu tanta insensatez, tanta estupidez, de uma só vez.
Hoje de manhã eu cheguei e um grande caminhão branco levou a árvore embora, e ali onde ela viveu só ficou o cimento, o vazio, o lamento.
Eu não queria que ela fosse, por que ela se foi?
Eu não queria que ela fosse, por que ela se foi?
Eu não queria que doesse, por que ela não ficou?
Por que abrir mão de tudo para abrir o caminho, se não vemos os passos dados?
Por que abrir mão de tudo para abrir o caminho, se não vemos os passos dados?
Pavimentaram o paraíso, e deixaram um estacionamento.
E jamais será vista tanta natureza, nem sombra ou clareza...
Jamais, com certeza.